Anos do que poderia
Ter sido e não foi.
Constante reflexo
Turvo do espelho partido,
Com vidro martelado
Nos cantos, enfeitado
Com pequenos desenhos,
Adornos para a embelezar.
O pecado que esses anos
Todos os dias, foi carregado
Pelo caminho da paixão ardente,
Mora aqui ou ali, consome tudo.
O esbrasear da libido,
Oh como ficas excitado
Só de imaginar o que
Aconteceria se deixássemos.
Esses corpos deitados no chão,
Corpos bronzeados, esculpidos
Ao detalhe, talhados de sabedoria,
Prontos a percorrer o corpo
Um do outro, com as mãos,
Com a boca.
Ah e se a língua descai de um beijo
Percorre o pescoço, o peito
Como se soubesse mais caminhos
Para o prazer, mas opta por aquele.
Com uma pena percorrem agora
Os corpos deitados de lado,
Arrepiando cada pêlo, provocando
O êxtase constante.
Vendo agora o reflexo do espelho,
Distinguir quem é quem, é agora
Impossível, já se quedaram
Num leito de deleite.
Assumem agora que tudo fizeram,
Nada faltou, foi o culminar
Dessa ardente paixão com tantos anos.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
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2 comentários:
Bem... Isto foi mesmo compenetrante... Adoro a tua maneira de escrever, ao desenvolveres o assunto e como o acabas!
Parabéns!
esta qualquer coisa de fantástico : )
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