domingo, 19 de agosto de 2012

Ressurreição 19 de Agosto de 2012

Nem sei bem
o que aqui me traz,
contudo o tempo tardou.

Se não fosse a falta de tempo
seria o excesso de pouca vontade...
Esquecimento banal,
forçado.

Amanhã é dia,
hoje foi dia,
mas nunca é dia de voltar.

Haja algo que fomente,
a ressurreição do espaço,
mas que seja breve,
pois o tempo continua escasso.

terça-feira, 28 de junho de 2011

(Hei-de encontrar o titulo disto)

Hoje há em todas as ruas
Que percorro a fugir de…
Não sei bem o quê,
Escrita nas paredes sujas
A palavra ódio!

Ontem lembro-me de ver
Nessas mesma ruas
Onde gritava por ti,
Desenhada a palavra amor!

Amanhã haverá rasgada,
Nas outras ruas que não percorri,
A palavra ressaca.

Ressaca essa de te ter sentido o toque,
De te saber cheirado por mim.
Ressaca disso tudo.

Um dia hei-de passar numa rua nova
Que se chame descanso.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Festa de Fogo - Março de 2010

Que em cama ardente
Seja meu corpo em chamas,
Espectáculo de fogo, labaredas,
Fuligem, me faça pó e
Cinzas espalhadas, sacudidas
Pelo vento forte.

Que numa ovação calada
Seja eterno todo o meu sentir,
Toda a minha festa em vida.


Seja todo o meu ser eterno,
Pouco silencioso, esteja eu
Em nada descansado.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Férias de Verão!

Férias de verão, porque é que ninguém escreve nada de novo, ninguém faz um post medíocre para termos algo para ler.
É óbvio que eu também não sou exemplo, nunca posto nada... assim que voltar de umas breves férias trarei material novo...

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Provisório - 24 de Maio de 2010

Embora tarde
Que é de meu porto?
Outrora cedo
Que é de minha foz?

Perdi terreno,
Que por vezes árido
Era só o meu terreno.
De mais ninguém!

Sem desabafo algum,
Pois é morte instalada.
É sentir falta
De pele macia.

Roer os pulsos,
Em busca dos grilhões
Inexistentes, que me
Prendem ao imenso de
Te ter de volta.

Partam-se , em labaredas,
As algemas que me obrigam
A ficar sem ti.

Faianças partidas no chão,
Buracos estendidos,
Epitáfios subtis.

É desgraça de fim,
Sem purificação,
Desgraça sem pão…

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Mistura em Mim - 16 de Março de 2010

Se, por vezes,
Durante um café
Deixar transparecer desejo,
Vontade de te tocar,
Te olhar nos olhos
Para fantasiar ter-te.
Maravilha! És delicia
Aos meus olhos cansados,
Densidade emocional
Na foz de todo o meu sentir.

Não, não és paixão
Ou só desejo!
És mistério em mim,
Algo que não sinto
Faz eterno tempo.
És mistura de algo
Bom e sensível,
Na proa da minha
Juventude, brisa
E dia tórrido de verão.

És sol radioso
Na monotonia!

domingo, 3 de janeiro de 2010

... - 24 de Setembro de 2009

Quando me dói
A noite de solidão
Ardente, penso no sol
Frio que me arrefece manhãs
De amor e aconchego.

Rendo-me à vastidão
Vazia e sedenta
Que me segreda
Ao ouvido, em surdina,
Amo-te de Morte
Meu coração louco

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ainda Sou Português - 5 de Maio de 2009

É estandarte e pórtico
Da alma lusa, migratória,
Com que desponta
A mocidade amofinada.

Sem tempo nem calçada
Que possa percorrer,
Morre a juventude
Num antro de velhice afogada.

E não há cidade que
Não conheça, mesmo não
Tendo estado lá.
Apenas me penso lá e estou exausto.

Condenso-me na apoteose
Com que me aplaudem,
E grito contigo:
“Ainda sou Português!”

sábado, 21 de março de 2009

ATENÇÃO!!! Hora do Planeta

Olá a todos!

A pedido de várias familias e do Planeta Terra em questão venho divulgar uma coisa que acho da maior importância.

A HORA DO PLANETA é um evento que se vai realizar no próximo dia 28 de Março, pelas 20:30, mais informações vejam o blog da Kate (hiperligação directa para o blog e para o Post sobre o evento no nome)...


Participem pff!!!
O Planeta Terra agradece e os vossos NETOS também...

Rovisco

domingo, 8 de março de 2009

Dedicatória - 15 de Janeiro de 2009

Dedico a todos os meus poetas,
Em orações e prantos e encantos,
Que me levaram,
Deixaram, possuíram.

Dedico a todos,
Toda a minha poesia;
Todos os meus versos de alegria,
De tristeza, com ou sem beleza.

Dedico aos que sofreram,
Aos que não sofreram;
Aos que viveram.

Dedico e dou-me
Por inteiro a todos
Os que me lêem.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Quem me Julga? - 15 de Janeiro de 2009

Preciso de falar!
Não me calem!
Quero toda a atenção
E, ao mesmo tempo ficar só.

Quero ausência,
Quero que me façam sofrer.

Sinto-me realmente só.
Sinto falta do amor que me deviam dar.

Ah! quem me dera
Ter amor, receber o que
Não recebi.
Queria tudo e nada
Ao mesmo tempo…

Quem me julga pelo que sou?
Pelo que fui?
E, pelo que não sou ou não fui?

Quem me julga?

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Já Dormir Não Durmo - 22 de Janeiro de 2009

Já dormir não durmo,
Estou deleitado com esse desejo.
Tenho esse pensamento
Toda a noite a penetrar-me,
A rasgar-me as entranhas,
A tirar-me para fora as vísceras.
Tenho esse desejo de ser possuído
E arremessado contra qualquer parede,
Deixar marcas como as que deixei
Nos lugares onde passei.

Deixem-me continuar a deleitar-me.
Um dia expurgar-me-ei de todos os pecados,
Agora quero apenas desejos loucos, libidinosos.

Deixem-me ser porco.
Merda, quero ser nefasto e denso.

Quero ser tudo e todos ao mesmo tempo.

De Volta!

bem após ter fechado o blog durante largos meses (2 meses apenas), estava farto de o ter fechado e havia familias a pedir então reabri o blog...


pronto espero que gostem, só haverá poemas até fevereiro por aqui.


Rovisco

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Fechado para Balanço

olá a todos, faltam 4 para chegar ao objectivo. quem sabe do que falo entende.
agora vou fechar para balanço e dar tempo para que leiam os meus poemas todos, vou deixar-vos disfrutar do que está escrito.

Bom ano 2009

até janeiro que logo postarei poemas novos ou trarei noticias fresquinhas.

Rovisco

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mais Motivos - 22 de Dezembro de 2008

Se não escrevo poemas
Sobre astrofísica ou
Física quântica é porque
Disso não percebo.
Não me ponho a adivinhar
O que não sei.

Simples como isso.

Além do mais que haveria
Para escrever sobre essas
Disciplinas da Física?
Que me lembre era matéria
Para pessoas que pensam bem,
Têm visão espacial desenvolvida.
Ninguém como eu está visto,
Nem língua portuguesa estudei,
Não sou formado é certo
Mas até lhe dou uns toques.

Seja o que for,
Escrevo sobre o que sei
E o que pensei.

Está feito…

sábado, 20 de dezembro de 2008

Conhecem o amor? - 20 de Dezembro de 2008

Conhecem o amor?
Queimei-o ali fora.
Sim, queimei-o comigo.
Nada resta dele senão
Um fumo com cheiro diferente.

Ai, ainda ouço aquele gato.
O seu ronronar, será o som
Do seu amor? Da sua maneira
De sentir? É apenas
O seu agrado.

O que será o amor que não o agrado,
Um agrado apenas.

Uma camisola de malha, quentinha.
Ah que conforto que sentimos
Com ela vestida.
Mas é apenas uma camisola de malha
Que se desfia, que perde a cor.

É a vida com amor.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Desabafo - 18 de Dezembro de 2008

Vou por onde me levam,
Fico onde me deixam.
Estou exausto, mas de tal
Maneira exausto que nem
Para pensar tenho forças.

Inteiro-me das discussões,
Das conversas e até das vidas,
Contudo não tenho resposta
A dar ao que ouço.
Não processo a informação,
Apenas processo e assimilo
A melancolia como certa
E definida até ao meu fim.

Queria estar diferente e
Ter jeitos de outrem.
Sou assim, estou assim.
É apenas uma fase que dura,
Que não passa, apoderando-se
De mim a cada instante.


Queria desabafar o que não consigo!

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Não sei onde pertenço - 17 de Dezembro de 2008

Não pertenço aqui
Penso de forma diferente
Dos que me rodeiam.
Nem sempre encontro
O meu refúgio
Já não o tenho e excluí-me
Num ápice e não evitei.

Vou definhar até não poder mais.

Vou exorcizar-me por completo
Desta sociedade, desta cidade.
Sou grande demais para isto
Ou é isto que é pequeno demais
Ou é isto ou aquilo.
Nem mais nem menos.

Perdi-me e não me encontro…

Sentimento Constante - 17 de Dezembro de 2008

Amo-te demais.
És a cura para
Os meus problemas,
Mas falhas-me sempre.
Estás longe
Meses a fio.
E eu: eu espero;
Eu não te esqueço,
Não te apago de mim.

Adiei-me, mutilei-a;
A minha alma é claro
Está derrotada e eu nada,
Mesmo nada lúcido
Ou descansado.
Estou até angustiado
Com o tempo, com o turbilhão
De situações vividas.

Sinto-te, posteriormente,
A levitar em torno de outro.

Amo-te, vê se te lembras disso.

Vou ausentar-me do teu
Mundo mais uma vez.
Com isto eliminarei o meu
De novo e vezes sem conta
O farei.

Continuarei a fazê-lo,
Com o tom melancólico
Com que actualmente
Me conheces e pelo qual
Me dás a mão
Uma vez por ano.

Vou findar este poema
Pensar que não te apoderas
Mais de mim.
Apesar de saber que de
Mentira se trata.

Não consigo evitar
Amar-te e lembrar-me
De ti.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Fotógrafo - 16 de Dezembro de 2008

Sempre de máquina fotográfica
Na mão. Vais tirando fotos
Ao que vês e ao que te atrai.

Embalas essas fotos
Com um gesto de carinho,
Gratidão pelo momento
Proporcionado e fotografado.

Fazes apenas isso como
Um desporto qualquer,
Onde te divertes e aprendes
A cada dia novas técnicas.

Apenas te digo que o essencial
Em ti está fotografado
Por outros nas memórias
De cada um.

Sonho - 16 de Dezembro de 2008

Sonhei que me raptavas
E me torturavas mais
Do que me torturas
Sem me raptar.

Durante esse sonho,
Fiquei com uma mão
Cortada e as pernas
Partidas.

Tortura-me à vontade
Desde que estejas comigo!

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Sente os versos que escreves - 11 de Dezembro de 2008

Sente os versos que escreves.
Sofre-os, se for o caso.
Chora-os, quando tiver que ser.
Mas escreve-os.
Nunca os recuses, aceita-os
Sempre como certos e teus.

Faz-te esse favor
Nunca repudies nada que de ti saia
Pois o que de ti sair
Será sempre teu.

Vedeta de França - 11 de Dezembro de 2008

Ó vedeta de França,
Quem pensas tu que és?!
Segue o teu caminho,
Não faças como eu
Que perdi os anos,
Aqueles que tu sabes
A sua quantidade.

Ó vedeta de França,
Ri-te para não chorar.
Tapa os ouvidos
Enquanto eu falo,
Pois o que vou dizer
Não é o que queres ouvir.

Corre à minha frente
Nem chegues perto de mim.

Maria Bárbara e Seu Piano - 11 de Dezembro de 2008

Agora vamos lá ao início.
Como ela um dia escreveu,
Por engano ou devaneio,
“Apenas suspirando no frio ardente da nostalgia”.
Achei que devia dar-lhe
Esse destaque que merece.

Faço por não a esquecer
Pois no fundo vem sempre comigo.

Maria Bárbara cá estás tu,
Sentada a ler-me
Provavelmente a pensar que
Eu nada tenho mais para escrever.
E tu cheia de vontade de tocar
Nas teclas desse piano,
Queres senti-lo na sua plenitude
Tocar uma sinfonia completa
Com crescendos e diminuendos,
Afrettandos e outros termos italianos,
Palacianos, calmantes como som
Que sai do teu piano.

Ah como eu amo o som do piano,
Tens que tocá-lo para mim.

Fuga de Palavras - 11 de Dezembro de 2008

Ah se me acabassem as palavras,
O que seria de mim, o que seria
Das minhas ideias…

Pensar em teoremas, axiomas.
Entrar em apoteoses constantes,
Viver de momentos expectantes.
Tudo isso são mentiras,
Pedaços de inverdades, onde me deito.
Onde me desleixo a cada hora,
Já nem penteado vou.
Como se isso fosse algo de errado.

Lembra-me daquele tempo,
Aquele em que tinha em mim
Todas as palavras possíveis,
As combinações frásicas.
Sabia, tinha, escrevia
Todavia não sei, não tenho
E o mais estranho, ainda escrevo.
Sem caneta é certo, mas escrevo.